Outubro Negro / Catarina Janeiro

SINOPSE

“Quem com fogo mata, com fogo morre.”

Albano é um homem reservado, médico num hospital psiquiátrico, e é na sua profissão que tem focado todas as suas energias e expectativas ao longo dos últimos 24 anos. Disciplinado e racional por natureza, encerrou dentro de si as tragédias que marcaram a sua vida.
A morte do seu melhor amigo, Augusto, num tempestuoso dia de Outubro, seguida da morte da sua única namorada, roubaram-lhe o fim da adolescência e moldaram a sua vida futura.
Repetições de um passado negro, marcado pela morte e vingança e há muito esquecido, obrigam Albano a recordar a altura mais difícil da sua vida. Acontecimentos bizarros e inexplicáveis obrigam-no a confrontar o real e o sobrenatural, o bem e o mal, o seu presente e o seu passado.

CRÍTICA

Outubro Negro é um thriller psicológico que beneficia grandemente da formação em Psicologia, bem como do seu exercício profissional por parte da autora. É, porém, quando a história diverge, levando-nos para o reino do sobrenatural, que se revela a veia de ficcionista de Catarina Janeiro, com uma escrita segura que nos apresenta uma trama bem construída, entretecida com analepses que ajudam a caracterizar as personagens e a marcar o tom (negro) da obra, sem resvalar para o pastiche ou o cliché, algo demasiado frequente neste tipo de livros. Tal como em inúmeras histórias de banda desenhada, Albano e Augusto começam por ser melhores amigos, até que se dá a ruptura e a amizade dá lugar a uma rivalidade que transcende as leis da natureza. Balizando-me nas minhas leituras, Augusto trouxe-me à memória outra personagem memorável, Heathcliff, de ‘O Monte dos Vendavais’, pela sua obstinação e orgulho, e pela sua obsessão encarniçada que ultrapassa a fronteira entre a vida e a morte. Um livro excelente, para ser lido em qualquer altura do ano, não obstante o título.

António Bizarro

SOBRE A AUTORA

Catarina Janeiro nasceu a 10 de Outubro de 1979, em Abrantes e à luz de vela, por causa de uma forte tempestade. Desde cedo que a necessidade da escrita se impôs mas foi a Psicologia que escolheu como área de estudo e trabalho. Licenciou-se em Psicologia pela Universidade de Lisboa em 2002 e exerce essa profissão desde então. A diversidade emocional e o poder da relação que o ser humano tem a capacidade de estabelecer mantêm-na intrigada até hoje e é sobretudo nesses pressupostos que se baseia a sua escrita ficcional.

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